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sexta-feira, 17 de abril de 2015

você, que inventou de inventar tanta escuridão

Hoje eu entendi que eu sempre gostei de você porque você sempre me viu humana. Você, como poucos, não esperou que eu fosse forte demais, perfeita demais, completa demais. Hoje eu entendi o que sustentou tanta união no meio da instabilidade de tantos berros. Hoje eu achei uma razão que estava emaranhada em dúvidas, se sentindo sozinha. Hoje o dia doeu tanto, como se me preparasse para uma noite de dor tão maior.
Esse é um desses momentos que nada faz sentido e, cara, como não está fazendo. Isso que tá tentando falar por você, não te pertence e ainda assim te deixa refém. Essa voz disfarçada de melhor amiga te deu uma dúvida que não é sua e te faz tão covarde que eu sei que nem mesmo você acredita. Eu tenho certeza da minha descrença (e ao mesmo tempo, da minha fé em você).
As últimas 24h tem sido uma bagunça aqui dentro, mas os últimos três anos foram tão bonitos. Eu queria lembrar deles daquela forma brilhante que eles passaram, não da maneira cruel na qual eles tiveram fim. Eu queria lembrar e queria esquecer e queria que nada fosse assim e ainda bem que são. Eu estou confusa e agora, também, sozinha.
Confusa. Sozinha. Que merda. Talvez custe um pouco até que eu te perdoe por me deixar aqui, nesse momento que já e por si tão ruim. Confesso que vou sentir um tantinho de raiva, até que as coisas estejam de novo no lugar. Confesso que temo que esse momento não chegue.
Amanhã é um dia novo e talvez ele doa mais. Amanhã é um dia novo e talvez todas as (poucas) certezas que encontrei saiam correndo de mim. Amanhã é um novo dia e talvez ele seja florido. Eu só sei que amanhã é um novo dia e eu vou desejar estar e receber ele, com tudo que ele puder me dar. Amanhã.

Hoje tá muito frio. Mas teve sol o dia todo.


(e apesar de você, amanhã há de ser outro dia)


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